https://www.france24.com – La Organización Marítima Internacional (IMO) decidió en 2016 que la proporción de azufre en el combustible tendrá que caer al 0,5% a partir del 1 de enero del año que viene, frente al 3,5% actual.
El objetivo es limitar las emisiones altamente tóxicas de dióxido de azufre provocadas por la enorme flota de 80.000 navíos que navegan en los mares del planeta transportando mercancías o materias primas.
Los transportistas marítimos tendrán varias opciones. La primera es continuar usando el fuel pesado actual pero con depuradores de gases («scubbers»).
Sin embargo se trata de sistemas caros y algunos de ellos echan al mar las aguas de lavado, lo que a medio plazo podría quedar prohibido. «Hay incertidumbre sobre el futuro de la reglamentación», indica Nelly Grassin, de Armateurs de France.
La segunda posibilidad es usar carburantes alternativos, como el gas natural licuado (GNL). Pero es una elección limitada porque el GNL no se adapta a todas las líneas de transporte marítimas y necesita una estructura de suministro específica.
Por eso la opción más fácil parec ser la de usar carburantes conformes a la nueva reglamentación, como el fuel marino con poco azufre o el diésel marino.
El transporte marítimo consume actualmente 3,6 millones de barriles de petróleo al día. De ese total, unos 600.000 deberían seguir siendo el mismo fuel que hasta ahora pero con ‘scrubbers’ y el resto fuel que no cumplirá la nueva reglamentación, al menos de momento.
«Eso deja unos tres millones de barriles al día que tendrán que ajustarse a la nueva norma del 0,5% de azufre», indica a la AFP Chris Midgley, el analista jefe de S&P Global Platts.
Para el mercado se trata de una revolución y según la Agencia Internacional de la Energía (AIE) es «la mayor transformación hasta ahora del mercado de productos petroleros».
La primera consecuencia será un aumento del coste para los armadores, que podrían repercutir una parte del coste a sus clientes lo que, a su vez, repercutiría en el precio de las materias transportadas.
Los nuevos carburantes, más sofisticados y más refinados, «son dos veces más caros, pero podrían aumentar mas con la demanda que sube», apunta Nelly Grassin.
Para las empresas petroleras es un negocio, al menos de inmediato, porque sus márgenes de refinado aumentarán.
Pero al mismo tiempo las compañías tendrán que deshacerse del fuel pesado, cuyo excedente puede servir para alimentar las centrales eléctricas, entre otros.
El aumento de la demanda de productos petroleros más sofisticados afectará también a los carburantes para automóviles y aviones, cuyos precios podrían subir.
«El Brent podría aumentar y acercarse a los 70 dólares, quizás superar los 70 dólares al final del año», frente a menos de los 60 actuales, apunta Chris Midgley.
Según Alan Gelder, un experto de la consultora Wood Mackenzie, «el público en general se verá afectado por la reglamentación de la IMO de dos maneros, en el coste del transporte por avión y en el precio del diésel para coches».
© 2019 AFP
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[:pb]https://www.france24.com – A Organização Marítima Internacional (OMI) decidiu em 2016 que a proporção de enxofre no combustível deverá cair para 0,5% a partir de 1º de janeiro do próximo ano, em comparação a 3,5% da regra atual.
O objetivo é limitar as emissões altamente tóxicas de dióxido de enxofre causadas pela enorme frota de 80.000 navios que navegam nos mares do planeta transportando mercadorias ou matérias-primas.
O transporte marítimo causa cerca de 400.000 mortes prematuras e 14 milhões de casos de asma infantil por ano, de acordo com um artigo de 2018 da revista Nature.
As transportadoras marítimas terão várias opções. A primeira é continuar usando o combustível pesado atual, mas com depuradores de gases («scubbers»).
No entanto, esses sistemas são caros e alguns deles jogam a água da lavagem no mar, o que pode ser proibido a médio prazo. «Há incerteza sobre o futuro da regulamentação», diz Nelly Grassin, da Armateurs de France.
A segunda possibilidade é usar combustíveis alternativos, como gás natural liquefeito (GNL). Mas é uma escolha limitada, porque o GNL não se adapta a todas as linhas de remessa e precisa de uma estrutura de suprimento específica.
É por isso que a opção mais fácil parecia ser a de usar combustíveis em conformidade com os novos regulamentos, como combustível marítimo com baixo teor de enxofre ou diesel marítimo.
Atualmente, o transporte marítimo consome 3,6 milhões de barris de petróleo por dia. Desse total, cerca de 600.000 devem permanecer o mesmo combustível que até agora, mas com ‘scrubbers’ e o restante combustível não cumprirá os novos regulamentos, pelo menos por enquanto.
«Isso deixa cerca de três milhões de barris por dia que terão que estar em conformidade com o novo padrão de 0,5% de enxofre», disse à AFP Chris Midgley, analista-chefe da S&P Global Platts.
Para o mercado, trata-se de uma revolução e, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), é «a maior transformação até agora no mercado de derivados de petróleo».
A primeira consequência será um aumento no custo para os armadores, o que poderia ter uma parte do custo para seus clientes, o que, por sua vez, teria um impacto no preço dos materiais transportados.
Os novos combustíveis, mais sofisticados e refinados», são duas vezes mais caros, mas podem aumentar mais com a demanda que sobe», diz Nelly Grassin.
Para as empresas de petróleo, é um bom negócio, pelo menos imediatamente, porque suas margens de refino aumentarão.
Mas, ao mesmo tempo, as empresas terão que se desfazer do combustível pesado, cujo excedente pode ser usado para usinas de energia, entre outros.
O aumento da demanda por derivados de petróleo mais sofisticados também afetará o combustível de carros e aviões, cujos preços poderão subir.
«O Brent pode aumentar e se aproximar de US$ 70, e talvez exceda os US$ 70 no final do ano», comparado a menos do que os atuais US$ 60, diz Chris Midgley.
Segundo Alan Gelder, especialista da Wood Mackenzie, «o público em geral será afetado pela regulamentação da IMO em dois pontos, pelo custo do transporte de avião e pelo preço do diesel dos carros».
© 2019 AFP
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